segunda-feira, 14 de maio de 2007

AINDA HÁ TEMPO?


Conforme o terceiro relatório do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas - IPCC, divulgado no dia 04 de maio, em Bangcoc, tem-se uma séria agenda mundial no enfretamento dos malefícios do aquecimento global.
Segundo o documento aprovado pelos quase 400 delegados, na capital tailandesa, o planeta dispõe de instrumentos tecnológicos e regulamentações que sustentam o investimento em medidas ecologicamente corretas, tais como o manejo de fontes alternativas de energia (biocombustível, eólica, solar, geotérmica e nuclear), bem como a armazenagem de gás carbônico do subsolo, hábeis para lutar contra a mudança climática a um custo relativamente moderado.
Tais medidas visam limitar o aumento da temperatura planetária em 2 graus centígrados (em relação ao período 1980-1999). Note-se que, de acordo um documento precedente do IPCC, publicado em fevereiro, em Paris, no cenário mais negativo, o aumento da temperatura poderá chegar a 6,4 graus centígrados até 2100, em uma comparação do mesmo lapso temporal.
MAS QUANTO CUSTA SALVAR A TERRA?
As medidas mitigadoras necessárias para salvar o planeta dos efeitos da mudança climática custam cerca de 2% do PIB mundial (aproximadamente US$ 862 bilhões).

Não parece uma quantia tão esdrúxula quando se verifica que vários países (capitaneado pelos Estados Unidos da América) investem numerários de proporção herculana em guerras que servem para manter a hegemonia política, ganhar territórios e recursos naturais (a exemplo das guerras hídricas do oriente médio).
Na reportagem do dia 16 de maio de 2007, do jornal Bom Dia Brasil, da TV Globo, constatou-se que o cálculo da guerra gira em torno das seguintes cifras:
* Guerra do Iraque - 300 milhões de dólares por dia (desde 2003);
* Guerra do Golfo - 92 bilhões (1991)
* Guerra do Vietnã - 650 bilhões de dólares (de 1964 a 1975)
* 2ª Gerra mundial - 3,2 trilhões de dólares (1939–1945)
A luta bélica, além de custos econômicos, tem forte passivo humano, com milhares de mortes, destruição do meio ambiente e desgaste político de nações.
Cada guerra tem seu preço, mas penso que a o custo da guerra pela proteção do meio ambiente é uma guerra não somente pela paz, mas pela sobrevivência de todos os seres.
Assim, estamos diante de um pacto político, social, ambiental e econômico necessário às Nações, com base no princípio da solidariedade, visando minimizar os efeitos negativos a um direito de terceira geração.
Eleger a fraternidade mundial na pauta as agendas ambientais na busca de um direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado para todo o Planeta é fundamental.
Deixo-lhes uma mensagem final de reconhecida ONG na luta pela proteção dos bens ambientais:
"Quando a última árvore tiver caído,...

quando o último rio tiver secado,...
quando o último peixe for pescado,...
vocês vão entender que dinheiro não se come."
(Greenpeace)